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RAC - Produção de químicos industriais cai mais de 8% no primeiro trimestre

Quinta-Feira, 10 de Maio de 2018

As vendas internas, no entanto, mantêm crescimento nos primeiros meses do ano

São Paulo, 02/05/2018 – Segundo dados preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim, de janeiro a março de 2018, o índice de vendas internas cresceu 3,03%, sobre igual período do ano passado, no entanto nos meses de janeiro e fevereiro a alta havia sido de 6,36% em relação aos mesmos meses de 2017. Já a produção caiu 8,03% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2017, a queda é justificada por paradas, programadas e não programadas, para manutenção, especialmente na região Nordeste do País, incluindo os efeitos e impactos do apagão que ocorreu no dia 21 de março. “A química trabalha em processo contínuo e a retomada das atividades nas plantas industrias, especialmente em paradas inesperadas, pode demorar um tempo imprevisível, neste caso superior a até uma semana”, explica a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.  

O consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção mais importação menos exportação, registrou redução de 12,9% no primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2017. Além da queda na produção, o índice foi afetado pela redução das importações de intermediários para fertilizantes, devido ao ajuste nos estoques e a previsão que a safra agrícola de grãos tenha um recuo, em volume, da ordem de 11% em 2018, sobre a safra do ano passado.

Em razão da queda da produção, o índice de utilização da capacidade ficou em apenas 73%, desempenho abaixo do obtido no mesmo período do ano passado, com recuo de seis pontos porcentuais. A taxa média de ocupação dos últimos 12 meses foi de 78%, dois pontos abaixo daquela verificada nos 12 meses imediatamente anteriores. A piora da produção também se refletiu nas exportações de produtos fabricados internamente, que teve declínio de 28,2% nos primeiros três meses de 2018, sobre igual período do ano passado.

Nos últimos 12 meses encerrados em março de 2018, é possível notar forte desaceleração na produção em relação aos doze meses imediatamente anteriores. Após 27 meses de resultados positivos, o índice de produção inverteu o sinal, passando a apresentar recuo de 1,16% de abril de 2017 a março de 2018, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. “Além das paradas programadas e não programadas, em março, o setor também foi afetado pela interrupção de fornecimento de matérias-primas básicas, em algumas regiões”, explica a diretora da Abiquim.

“Apesar da desaceleração recente, a indústria encontra-se mais otimista, sobretudo com o recuo da inflação, dos resultados das contas nacionais e da manutenção do quadro de queda da taxa de juros. A recuperação da atividade econômica no Brasil e no mundo, e as indicações preliminares de crescimento superior ao da média geral, após três anos de declínio, no PIB total e industrial do Brasil, geram perspectivas positivas para os próximos meses. No entanto, essa melhora do ambiente ainda não se refletiu na volta dos investimentos na química e na melhora no ritmo de contratações. Pois, a ociosidade das plantas e as incertezas em relação ao quadro político, sem nenhuma tendência no que diz respeito a quem será o próximo Presidente e qual será a estratégia econômica da nova equipe, inibem os planos de expansão no País”, afirma Fátima.


Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química (www.abiquim.org.br) é uma entidade sem fins lucrativos fundada em 16 de junho de 1964, que congrega indústrias químicas de grande, médio e pequeno portes, bem como prestadores de serviços ao setor químico nas áreas de logística, transporte, gerenciamento de resíduos e atendimento a emergências. A associação realiza o acompanhamento estatístico do setor, promove estudos específicos sobre as atividades e produtos da indústria química, acompanha as mudanças na legislação e assessora as empresas associadas em assuntos econômicos, técnicos e de comércio exterior. A entidade ainda representa o setor nas negociações de acordos internacionais relacionados a produtos químicos.

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